Reservas Visitáveis


O Serviço Educativo recebe grupos particulares organizados, até 30 participantes, para VISITAS GUIADAS generalistas ou temáticas, às exposições permanente e temporárias, assim como às reservas visitáveis, mediante marcação prévia e consoante disponibilidade de agenda, de terça-feira a sexta-feira.

Para mais informações:

Email: servicoeducativo@mnetnologia.dgpc.pt

Telefone: 213 041 160/9


Galerias da Vida Rural 

Sector de reserva visitável do Museu Nacional de Etnologia que alberga um total de cerca de 3000 peças, as Galerias da Vida Rural são um espaço dedicado às colecções ilustrativas dos temas da agricultura, pastoreio, tecnologias tradicionais e equipamento doméstico na sociedade rural em Portugal. A sua abertura ao público culmina uma longa intervenção que se traduziu não apenas na reorganização espacial dessas colecções, mas também na própria revisão das condições gerais visando a sua conservação preventiva, com particular destaque para os sistemas de climatização e de iluminação, e preocupações especificamente pedagógicas, de que destacamos a contextualização dos vários conjuntos de objectos através da informação escrita e da fotografia de terreno. A intervenção nesta reserva decorreu a par do desenvolvimento do estudo detalhado das colecções aí reunidas com vista à sua inventariação no programa informático Matriz, cruzando as informações de inventário dos objectos com os fundos documentais de fotografia, filme e desenho dos Arquivos do Museu.

Testemunhos materiais de modos de vida evanescentes ou, em muitos casos, já desaparecidos no momento da sua recolha, a maior parte dos objectos apresentados nestas Galerias foi reunida sobretudo entre as décadas de 1960 e 1970, por Ernesto Veiga de Oliveira e Benjamim Pereira, elementos da equipa que está na origem do Museu Nacional de Etnologia e que com Jorge Dias e Fernando Galhano havia iniciado em finais da década de 1940 o seu percurso de investigação. Esta foi conduzida de acordo com um projecto inovador que consistiu em levantamentos e recolhas sistemáticas, extensivos a todo o território continental e ilhas, prestando particular atenção à identificação e estudo das técnicas e tecnologias tradicionais do mundo rural, com profunda consciência das mutações que se anteviam. Desta sólida investigação veio a resultar um conjunto de estudos monográficos, imprescindível para o conhecimento e a devida contextualização destas colecções, mas igualmente importante para a compreensão do desenvolvimento da Antropologia em Portugal.

Na organização das colecções apresentadas cruzam-se dois princípios metodológicos. Em primeiro lugar, os objectos encontram-se reunidos por conjuntos sistemáticos – transportes, sistemas de atrelagem, alfaia agrícola, abrigos de pastor, tecnologia têxtil, sistemas de moagem e equipamento doméstico, assim evidenciando a multiplicidade de soluções desenvolvidas no quadro da diversidade regional do País. Por outro lado, o percurso pelos vários núcleos sistemáticos que estruturam as Galerias acompanha, em traços gerais, a sequência da produção, transformação, conservação e confecção de bens, designadamente de origem vegetal e animal, de importância central na sociedade rural portuguesa.

Galerias da Amazónia

A abertura das Galerias da Amazónia vem dar sequência a um longo processo que se iniciou com a inauguração das Galerias da Vida Rural em Dezembro de 2000, concretizando uma das primordiais pretensões do Museu, a reunião do seu acervo em reservas acessíveis ao público em geral. Estas reservas que permitem trazer junto do público a totalidade dos objectos do Museu Nacional de Etnologia procedentes das sociedades ameríndias, em especial da floresta Amazónica, resultam de um trabalho iniciado em 1998 com as obras de ampliação do museu e a construção de dois novos espaços para armazenamento de colecções, e para elas foi concebido um equipamento expositivo, em cujo desenho foram contempladas as vertentes logística do espaço disponível, técnica e funcional das condições de manuseio e segurança das peças, e estética dos materiais e sistema de iluminação. Os objectos expostos estão organizados numa sequência sistemática que define conjuntos temáticos que se sucedem em vitrinas contíguas, ao mesmo tempo que permite individualizar as colecções de onde procedem. Todas estas se encontram identificadas por siglas, por exigência do trabalho de conservação e investigação, mas igualmente para mais facilmente satisfazer a curiosidade dos visitantes.

Duas das colecções aqui expostas merecem particular destaque. A primeira foi constituída por Victor Bandeira na década de 1960, por solicitação de Jorge Dias na altura da criação do próprio museu (1965), tendo sido parcialmente exposta em 1966 nas instalações da Sociedade Nacional de Belas Artes por iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian. A mesma viria a ser objecto da exposição Índios da Amazónia que este museu inaugurou em 1986. Trata-se de um primeiro e importante contributo para o conhecimento dos povos da Amazónia. A segunda colecção foi constituída entre 1999/ 2000, junto dos índios Wauja do Xingu, no âmbito da preparação da exposição Os Índios, Nós que este museu inaugurou em 2000. Tornou-se uma das mais extensas colecções procedentes de uma só aldeia, organizada segundo critérios discutidos com os próprios habitantes e problematizados e documentados na exposição Com os Índios Wauja: objectos e personagens de uma colecção amazónica (2004).

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2 thoughts on “Reservas Visitáveis

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