18 de maio | Dia Internacional dos Museus e Noite Europeia dos Museus
MUSEU NACIONAL DE ETNOLOGIA
14H30-18h00 | Roncas D’Elvas
Um instrumento musical peculiar – idiofone de fricção – de larga antiguidade, manteve-se em uso em Portugal e outras paragens da Europa, havendo indícios da sua existência desde a alta idade média. Tal como ficou registado nas pesquisas realizadas em Portugal em meados do século passado, a «Sarronca» (em Elvas designada por «Ronca») está associada aos cantos de Natal, na celebração de rua em volta dos madeiros e, também, no Entrudo. Assim se manteve em Portugal, na vizinha Espanha, na Itália e na França, e mesmo mais a norte, na Alemanha e nos Países Baixos, onde é designado por «Rommelpot».
Será em torno deste instrumento e da sua prática contemporânea em Elvas que decorrerá a iniciativa musical de celebração do Dia Internacional dos Museus no Museu Nacional de Etnologia, em diálogo com a comunidade de origem, os seus produtores e praticantes.
O evento terá início pelas 14h30 com uma palestra sobre os exemplares existentes no acervo do museu, e o processo de registo documental, de imagem e de som. Após uma breve conversa com o público, terá lugar uma apresentação exemplificativa sobre o processo de fabrico de uma sarronca. Pelas 17h00 irá realizar-se uma performance musical pelo Grupo Roncas d’Elvas da Associação Juvenil Arkus.
Entrada livre sujeita à lotação do auditório.
Público-alvo: Todos os públicos.
Peddy paper «Viajando pelo Mundo com o Museu Nacional de Etnologia»
Com um passaporte na mão vamos descobrir novos povos e culturas, sem sair da exposição permanente do Museu de Etnologia “O Museu, Muitas Coisas”. Uma visita num formato de peddy paper, que permitirá descobrir os vários núcleos expositivos, como se de uma viagem se tratasse.
Levantamento do passaporte na receção do museu. Público-alvo: Famílias.
Actividade sem necessidade de marcação prévia
Guião de exploração da exposição «As mulheres carregam o mundo»
Através de um guião de exploração descobre-se a exposição «As mulheres carregam o mundo».
Levantamento do passaporte na receção do museu. Público-alvo: Famílias.
Actividade sem necessidade de marcação prévia
18h00-19h00 | Visita guiada às «Galerias da Vida Rural»
Venha conhecer a reserva visitável do Museu Nacional de Etnologia na qual se reúne o mais relevante património etnográfico nacional alusivo à agricultura, pastorícia e tecnologia têxtil, atividades de central importância nas comunidades rurais em Portugal até meados do século XX. Este conjunto de 3.000 objetos foi reunido na sua maioria pela equipa fundadora do MNE, a quem se deve também a produção do conhecimento científico de referência sobre inúmeras dimensões da cultura tradicional portuguesa.
Público-alvo: Todos os públicos.
Participação gratuita com necessidade de marcação prévia.
Inscrições: geral@mnetnologia.dpgc.pt
19h00-20h00 | Visita guiada às «Galerias da Amazónia»
As «Galerias da Amazónia» resultam do esforço pioneiro em Portugal desenvolvido pelo Museu Nacional de Etnologia no sentido de promover o acesso público às suas reservas, espaços de acondicionamento das coleções usualmente de acesso restrito aos técnicos do Museu e a investigadores externos. Nestas reservas visitáveis o público em geral tem acesso às coleções relativas às culturas amazónicas de maior relevância a nível nacional, quer pelos mais de 1.700 objetos que as constituem, quer pela diversidade cultural que nelas se encontra representada, num total de 37 povos indígenas.
Público-alvo: Todos os públicos.
Participação gratuita com necessidade de marcação prévia.
Inscrições: geral@mnetnologia.dpgc.pt
21h00-22h30 | Apresentação da Peça “Estalo Novo”
Aproveitando a experiência de pessoas que viveram e trabalharam num contexto ditatorial (o Estado Novo), assim como durante a revolução de Abril e a estabilização democrática, ESTALO NOVO propõe refletir sobre a história de um país, sobre as histórias dos corpos que nele habitam, e sobre o regime em que hoje vivemos.
A peça que resultou deste processo é uma guerra de palavras que testemunham grandes e pequenas guerras, umas públicas, outras privadas, mais algumas coletivas e tantas outras individuais.
A partir de uma ideia dos artistas Ana Borralho e João Galante sobre formas de desobediência, e com dramaturgia de Rui Catalão, ESTALO NOVO é um projecto de colaboração feito com a Companhia Maior, originalmente estreado em 2013 no Centro Cultural de Belém.
Esta reposição acontece no âmbito das comemorações do quinquagésimo aniversário da Revolução de 25 de Abril de 1974 em parceria com o Museu Nacional de Etnologia e o Museu de Arte Popular e com o apoio da Direção-Geral das Artes e da Câmara Municipal de Lisboa.
Entrada gratuita, sujeita a inscrição.
Público-alvo: Ensino Secundário e Público Adulto.
Inscrições / Informações: companhiamaior@gmail.com
MUSEU DE ARTE POPULAR
Exposição «Siza + Souto de Moura: Fundação Gramaxo; Claustro do Rachadouro, Mosteiro de Alcobaça»
Dois nomes incontornáveis da arquitetura portuguesa e duas intervenções com características distintas – uma reabilitação e um edifício construído de raiz sobre uma pré-existência – dão o mote à exposição Siza + Souto de Moura: Fundação Gramaxo; Claustro do Rachadouro, Mosteiro de Alcobaça.
Os projetos retratados constituem exemplos da relevância de uma atuação qualificada na preservação e valorização do património arquitetónico em Portugal, assim como da importância decisiva da arquitetura na construção da identidade cultural e patrimonial dos diferentes lugares, enquanto estratégia de reforço da qualidade de vida das cidades e do desenvolvimento dos territórios e das respetivas comunidades.
Exposição «Um Cento de Cestos»
A exposição Um Cento de Cestos materializa uma estratégia de estudo, documentação e divulgação de coleções congéneres do Museu de Arte Popular e do Museu Nacional de Etnologia, a partir de uma abordagem integrada que pretende evidenciar, por um lado, a complementaridade entre essas coleções e, por outro, as potenciais sinergias decorrentes da reunião das duas instituições numa única entidade museológica.
Este projeto expositivo pretende também evidenciar a importância da documentação das coleções etnográficas, não apenas com recurso aos materiais de arquivo que os museus conservam mas também a partir da produção de novas pesquisas nos terrenos em que esses objetos foram produzidos, identificando permanências e mudanças, e, muito particularmente, as pessoas que os produzem e os problemas que enfrentam na atualidade.